Os investidores receberam com otimismo a possível mudança de controle, que poderia acabar com um imbróglio que envolve atrasos e renegociação dos contratos de aluguel das duas instituições. Há alguns anos, o grupo Nossa Senhora de Lourdes vendeu aos quotistas dos fundos imobiliários os imóveis que ocupavam e fecharam contratos de aluguel de longo prazo, tornando-se o inquilino das propriedades.
O dinheiro foi utilizado pelo grupo Nossa Senhora de Lourdes para a expansão dos hospitais. Os negócios, entretanto, não geraram o rendimento esperado. Há alguns meses, os hospitais começaram a atrasar os aluguéis e também tentaram renegociar os valores estabelecidos em contrato. A disputa foi parar na Justiça. No mês passado, a Brazilian Mortgages, administradora do fundo, entrou com uma ação de despejo do Hospital da Criança.
Remover um hospital de um imóvel, entretanto, é um processo bastante desgastante. É por isso que especialistas acreditam que imóveis de fundo social não são os mais indicados para a constituição de fundos imobiliários. “Nunca mais um fundo imobiliário de hospitais atrairá investidores devido a esses dois eventos”, diz Sérgio Belleza, um dos consultores mais antigos do setor.
Pocurada, a Brazilian Mortgages informou que, até o momento, não há novidades sobre a regularização dos contratos de aluguel do fundo. Um detalhe do negócio que ajuda a trazer otimismo ao mercado é que tanto o possível novo inquilino, a rede D’Or, quanto o administrador do fundo que possui o imóvel, a Brazilian Mortgages, têm o banco de investimentos BTG Pactual como sócio.
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